
Nesta semana,com a prof. de Dança á Caráter estudamos um texto que fala sobre o Kathakali. Um texto lindo. Fiquei a semana inteira pensando nele. Essa dança/teatro é intensa, rica de detalhes, mitos e ritos.
Nesse texto, tinha um trecho muito bonito onde o ator de Kathakali ( no oriente não há diferença entre bailarino e ator, ou dança e teatro) precisa ser: ar (bailarino), terra (ator), fogo (guerreiro) e água (sacerdote).Isso exige entrega, muito mais que técnica é um encontro espiritual, cheio de significados, emoções e claro, técnica. Hoje o pessoal estuda 8 anos e acha que sabe muito, no Kathakali em 20 anos você é iniciante. O treino físico é muito intenso e rígido, mas antes de todo este treino você tem que percorrer um caminho de autoconhecimento, conhecimento dos ritos e mitos.
Hoje fiz um Workshop de Flamenco Cigano, considerei bom.E a professora falou de algumas posições essenciais : águia, corvo, coruja e gavião. Cada posição com seus significados. Muito interessante. Ela não se aprofundou nisso, uma pena. A aula estava linda simplesmente dançar ao som da música. Apenas isso: Dançar ao som da música.
Senti falta de fazer um alongamento, de saber mais sobre os ritmos, histórias... finalizar a aula com alguma coisa. Ficou solto... Será que estou muito metódica??????? Que engraçado! Laban diz que mesmo a improvisação não pode ser jogada fora, fazer por fazer. Bom, enfim... não é crítica apenas um pensamento. srsrs
Considero importante trabalhar esses significados, aprofundar-se na essência de cada dança. Sinto que nós ocidentais precisamos levar as danças significados, simbologia ou misticismo, sei lá. Será que é uma tendência para novas danças? Não sei.
Me pergunto todos os dias, como ensinar aos meus alunos a desenvolverem a essência da dança independente de qual técnica esteja trabalhando no momento. Isso para mim é importante, por isso minhas aulas são diferentes.
Fonte: Kathakali A arte do ator-guerreiro-bailarino-sacerdote de Almir Ribeiro
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